Com apoio da Plaenge e de outras 60 instituições parceiras, a Associação de Pais e Amigos do Autista de Mato Grosso (AMA) começou a escrever um novo capítulo de sua história. No último dia 27 de maio, foi inaugurada em Cuiabá a nova sede da instituição, que oferecerá serviços gratuitos a pessoas diagnosticadas com Transtorno do Espectro Autista. Crianças, adolescentes e adultos terão acesso ao atendimento de profissionais de fonoaudiologia, fisioterapia, nutrição, psicologia, neurologia, psiquiatria, serviço social e educação física, por meio de parcerias.
Construída em um terreno concedido pela prefeitura de Cuiabá e com apoio da Câmara de Vereadores, a nova sede está localizada na rua 35, n° 559, no bairro Santa Cruz II. A AMA fará o atendimento aos autistas e suas famílias, efetivamente, a partir de outubro, com apoio do poder público municipal, por meio das Secretarias Municipais de Saúde e Educação.
Mais amplo, o espaço oferecerá uma série de serviços essenciais na habilitação e no desenvolvimento das pessoas diagnosticadas com autismo, transtorno que afeta o desenvolvimento do indivíduo e prejudica a capacidade de se comunicar e interagir. Seu diagnóstico às vezes leva anos, o que atrasa o tratamento e o desenvolvimento de habilidades que podem ser estimuladas desde cedo.
Em Mato Grosso, a AMA estima que existam cerca de 10 mil pessoas diagnosticadas com autismo, sendo que aproximadamente duas mil delas vivem na capital.
O início da parceria
O projeto começou há 20 anos, mas foi a partir de 2015 que ganhou força. Uma personagem importante nessa construção foi a Plaenge, que por meio de seu diretor regional, Rogério Fabian, que tem um filho com autismo, se juntou à causa e nos últimos anos ajudou na estruturação da AMA e no seu fortalecimento, para acolher mais pessoas.
“A inauguração dessa nova sede, para mim, é a realização de um sonho. Materializamos uma verdadeira parceria público-privada para a construção e operação da AMA. O autismo é uma responsabilidade da sociedade, precisa de muito apoio das autoridades públicas e de todos”, afirma Fabian.
Ele conta que, quando recebeu o diagnóstico do filho, hoje com 13 anos, teve muita dificuldade quanto aos cuidados para a criação e o desenvolvimento dele. Foi em busca de apoio e ajudou na formatação da associação. Desde então, ele e a construtora são apoiadores da instituição.
A Plaenge já promoveu bazares para venda de móveis e objetos de decoração de apartamentos decorados, além de vaquinha virtual para arrecadar recursos para as obras, montante que chegou a R$ 450 mil.
A nova sede da AMA
A antiga sede da AMA contava com apenas duas pequenas salas. Agora, tem disponível ao menos quatro consultórios, sala de atendimento, recepção, sala administrativa e cozinha. Também tem um terreno amplo onde podem ser realizadas outras atividades.
A presidente da AMA, Kelly Viegas, mãe de uma menina de nove anos com autismo, afirma que a principal dificuldade dos pais é conseguir atendimento pelo SUS. “É muito difícil, demorado. Para obter laudos e o atendimento adequado é muito moroso”, diz ela, ao comemorar a inauguração da nova sede.
Quem também comemora a nova estrutura é Maria Auxiliadora Souza, mãe de um rapaz autista de 31 anos. “Ele foi diagnosticado aos 23 anos. Foi quando passou a ter um tratamento mais adequado e se desenvolveu muito bem. Começou a trabalhar e está muito feliz. A AMA foi muito importante nesta conquista”, resume.
O atendimento na AMA ocorrerá de segunda à sexta-feira, com encontro de pais aos sábados.
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