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Uma ceia memorável nasce do encontro entre bons sabores e a arte de receber. Em Cuiabá, esse encontro tem endereço afetivo — e uma taça com identidade própria
Por que um drink muda a experiência à mesa
Receber bem é orquestrar sensações: acolher com elegância, surpreender sem ostentar e, sobretudo, criar lembranças. Nos jantares de fim de ano, um bom drink cumpre papel de protagonista silencioso — prepara o paladar, harmoniza sabores, marca o ritmo dos encontros. Na capital mato-grossense, onde calor e afeto caminham lado a lado, essa orquestra ganha timbre regional com ingredientes que falam da terra e da memória.
Coquetelaria – A arte de harmonizar sabores
Em Sinop, ainda na graduação em Medicina Veterinária, Wender Henrique descobriu que algumas vocações surgem no improviso e amadurecem com método. No balcão de um restaurante japonês conceituado, mergulhou em clássicos, praticou técnicas e foi desafiado a criar para festivais temáticos — do Nordeste ao Sudeste, do Dia das Mães ao Natal. Ali nasceram o rigor, a pesquisa e o respeito às raízes que hoje sustentam sua assinatura criativa.


Em Cuiabá, Wender fundou o Cuyabar Drinks, um bar para eventos que entrega mais que bebidas: entrega atmosfera. “Nosso bar é o mais caloroso da cidade — tão caloroso quanto a própria Cuiabá”, diz. Na prática, isso significa hospitalidade à moda cuiabana: sorriso na chegada, cuidado no detalhe e uma experiência que abraça.
Cajunita: um brinde ao afeto cuiabano
Todo território elegante precisa de um símbolo. O de Wender nasceu da memória: o Cajunita é uma caipirinha de doce de caju, simples na forma, sofisticada na emoção. O caju vem do quintal afetivo — referência à tia que recebia a família com doçura, honestidade e acolhimento. “Transformar tudo isso em um drink foi um desafio emocional e técnico”, conta. O resultado é um gole que desperta lembranças e traduz pertencimento.
- Perfil de sabor: doce-frutado na entrada, acidez equilibrada, final perfumado, com textura que pede conversa.
- Harmonização: vai do churrasco de carne a peixes grelhados e abraça suínos e frango com desenvoltura — um coringa para a ceia.
- Momento ideal: aperitivo de boas-vindas ou acompanhamento para pratos principais mais condimentados.
“Mais do que um drink, o Cajunita carrega uma mensagem afetiva. Meu desejo é que cada pessoa sinta o despertar de memórias especiais”, afirma Wender.
A arte de receber, versão Cuiabá: calor humano com estética contemporânea
Receber em Cuiabá é valorizar o encontro. Na curadoria de fim de ano, vale pensar o bar como extensão da mesa: uma seleção enxuta, autoral, com ingredientes locais e execução impecável. O Cajunita funciona como eixo; a partir dele, compomos uma experiência coerente, luminosa e fluida — perfeita para noites quentes e conversas longas.
Três formatos de serviço para sua ceia
1.Recepção perfumada
- Cajunita em mini taças, coroado por cubo de gelo cristal e twist cítrico.
- Petiscos leves: dadinhos de tapioca com melaço, lâminas de peixe curado, chips de banana-da-terra.
2. Jantar em ritmo de varanda
- Alternar Cajunita com água tônica artesanal e folhas de capim-limão.
- Pratos: pirarucu grelhado com vinagrete de caju, lombo suíno com redução de rapadura.
3. Brinde de virada
- Versão “spritz” do Cajunita (topo de espumante brut para frescor e coluna de bolhas).
- Sobremesas: pudim de cumbaru, cocada cremosa com lascas de caju.
Elegância que dialoga com a Plaenge: drinks com assinatura regional
No universo Plaenge, onde a arquitetura encontra o conforto com precisão, os drinks ganham um vocabulário próprio.
- Cajunita, sofisticado como o Hampton: linear, elegante, feito de poucos elementos que, bem combinados, entregam um resultado de alto acabamento. Um clássico contemporâneo, com alma.
- Versão spritz do Cajunita, dinâmico como o Terrace: leve, ventilado, pensado para áreas abertas e encontros que pedem movimento. Transparência, frescor e ritmo.
Essa leitura de portfólio é um convite: o bar da sua ceia pode refletir a mesma curadoria do seu endereço — desenho preciso, materiais nobres, funcionalidade acolhedora.


Para quem deseja reproduzir: o caminho da essência
Sem quebrar o encanto do ofício, vale registrar uma diretriz de preparo que respeita a assinatura do autor:
- Base: doce de caju artesanal como elemento estruturante.
- Álcool: destilado de perfil limpo (como cachaça de qualidade) para abraçar, não encobrir.
- Equilíbrio: toque ácido para expansão aromática, técnico e medido.
- Gelo: grande e denso, para diluição lenta sob clima cuiabano.
- Guarnição: mínima, aromática e com função.
O que importa, no fim, é a experiência: cada taça servida abre espaço para um diálogo entre tradição e contemporaneidade — exatamente como pedem as celebrações de dezembro.
O brinde que atravessa fronteiras
Wender ambiciona levar a essência cuiabana do Cuyabar Drinks ao Brasil e além. É coerente: quando um copo carrega verdade, ele fala qualquer idioma. O Cajunita prova que hospitalidade é patrimônio imaterial — e que elegância pode, sim, ser quente, generosa e profundamente nossa.
Nas festas de fim de ano, brindar é reconhecer histórias. Celebre!